24 de mai. de 2010

Copa do Mundo invade escolas da Rede Estadual paulista

Escolas aproveitam evento para contextualizar
o conteúdo do currículo, fazendo com que
o aluno relacione o conhecimento adquirido
em sala de aula com seu dia a dia

As escolas da rede estadual de São Paulo pegaram carona na Copa do Mundo na África para demonstrar aos estudantes que o futebol, paixão nacional, também está integrado ao conteúdo ensinado em sala de aula.

Este evento tem um tema fértil a ser trabalhado, pois oferece um leque de perspectivas que pode contemplar as mais diversas disciplinas, desde a geografia, explorando as características dos países que disputarão o torneio (localização, economia, política, cultura, entre outros) até a educação física, com a prática da modalidade, estudo das regras.

“É importante que nossos alunos tenham essa percepção da relação entre o que lhes é ensinado em sala de aula e sua vivência fora da escola. Isso desperta curiosidade e maior interesse pelo conteúdo ministrado dentro do currículo”, disse o secretário de Estado da Educação Paulo Renato Souza.

Na Escola Estadual João Silva, localizada na região do Capão Redondo, Zona Sul da capital, por exemplo, os alunos utilizarão os resultados dos jogos para análises estatísticas. “Eles irão acompanhar os jogos, coletar dados e confeccionar gráficos e tabelas para análise dos resultados, cálculo de probabilidades. É uma forma de exercitar a leitura e interpretação de textos matemáticos, traduzir informações das tabelas e gráficos. Além de fazer projeções sobre as chances de classificação do Brasil”, comenta Andressa Bernardo da Silva, professora de matemática da EE João Silva.

Em Guarulhos, na Grande São Paulo, os alunos da Escola Estadual Pastor Rubens Lopes farão uma pesquisa sobre os jargões utilizados no futebol (pelada, lençol, elástico, pedala, caneta), assim como a linguagem usada por cronistas, radialistas e comentaristas de televisão. “A ideia é estudar essas metáforas e seu contexto, comparando a utilização da linguagem culta e formal”, explica a professora do Ensino Fundamental, Aparecida das Graças Durce.

Já os alunos da Escola Estadual Joaquim Salles, no município de Rio Claro, estudarão como reage o corpo dos atletas durante as partidas, além da questão do uso de suplementos alimentares e doping. “É também uma forma de orientarmos alunos que praticam esporte e frequentam academia de ginástica, para entenderem o perigo do uso de anabolizantes e os benefícios de uma prática saudável”, explica a professora coordenadora Cristiane Murbach Pinhati Aba.

Os projetos sobre a Copa da África também incluem visitas realizadas ao Museu Afro Brasil e ao Museu do Futebol, na capital, que acontecem dentro do Programa Cultura é Currículo da Secretaria de Estado da Educação.

Fonte de anexo:http://www.educacao.sp.gov.br/

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